quinta-feira

Pequena Canção para a Crise



O crime do rico a lei o cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

A Internacional
Paris, 1871

1 comentário:

Anónimo disse...

"Dir-se-á: Não há dinheiro; o país atravessa uma crise medonha e não pode dar mais à Instrução. (…) Com efeito, as obras públicas tomaram um incremento imenso, talvez com uma precipitação que não é para discutir agora. Na ocasião presente todos os nossos recursos estão cativos para muito tempo e, como há vinte anos, respondem-nos: - esperai para quando houver meios…"

Henriques, Júlio Augusto - Oração de sapiência recitada na Sala dos Actos Grandes da Universidade de Coimbra no dia 16 de Outubro de 1894. “Annuario da Universidade de Coimbra” (1894-1895) p. XXI.