terça-feira

Pensamentos para mim próprio*


O Homem, esse individual colectivo e irrepetível.

segunda-feira

Hidden Face


A Democracia é um mecanismo que garante que não seremos governados melhor do que o que merecemos.
George Bernard Shaw

quarta-feira

FireWorks

terça-feira

Arte Povera


quinta-feira

Verão


segunda-feira

Nefelibatias III

NUVENS


No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
Obrigações morais e civis?
Complexidade de deveres, de consequências?
Não, nada...O dia triste, a pouca vontade para tudo...
Nada...

Outros viajam (também viajei), outros estão ao sol
(Também estive ao sol, ou supus que estive),
Todos têm razão, ou vida, ou ignorância simétrica,
Vaidade, alegria e sociabilidade,
E emigram para voltar, ou para não voltar,
Em navios que os transportam simplesmente.
Não sentem o que há de morte em toda a partida,
De mistério em toda a chegada,
De horrível em todo o novo...
Não sentem: por isso são deputados e financeiros,
Dançam e são empregados no comércio,
Vão a todos os teatros e conhecem gente...
Não sentem: para que haveriam de sentir?

Gado vestido dos currais dos Deuses,
Deixá-lo passar engrinaldado para o sacrifício
Sob o sol, alacre, vivo, contente de sentir-se...
Deixai-o passar, mas ai, vou com ele sem grinalda
Para o mesmo destino!
Vou com ele sem o sol que sinto, sem a vida que tenho,
Vou com ele sem desconhecer...

No dia triste o meu coração mais triste que o dia...
No dia triste todos os dias...
No dia tão triste...


Álvaro de Campos

(Specialthanks à Clara Umbra)


É por estas e por outras que eu gosto das primeiras do Janeiro.

domingo

segunda-feira

Curta de Turner


Há um corpo que envolve todo o conjunto do mundo, e pode-se representá-lo de forma circular porque é esta a forma do Todo... Imagine-se agora que sob o círculo deste corpo estão os trinta e seis decanos, no centro entre o círculo total e o círculo do zodíaco, separando estes dois círculos e por assim dizer delimi­tando o zodíaco, que andam ao longo do zodíaco juntamente com os planetas... As mudanças dos reis, a sublevação das cidades, a carestia, a peste, o refluxo dos mares, os terramotos, nada disto tudo tem lugar sem a influência dos decanos...
(Corpus Hermeticum, Stobaeus, excerptum VI)




"Mas qual sabedoria?"
“Apercebe-se de como foi grande a época entre os séculos II e III depois de Cristo? Não pelos fastos do império, em dec1ínio, mas sim pelo que entretanto estava a florescer na bacia mediterrânica. Em Roma os preto­rianos massacravam os seus imperadores, e no Mediterrâneo florescia a época de Apuleio, dos mistérios de Ísis, do grande retorno da espirituali­dade que foram o neoplatonismo, a gnose... Bons tempos esses, em que os cristãos ainda não tinham tomado o poder e mandado para a morte os hereges. O mundo estava cheio de maravilho­sas correspondências, de semelhanças subtis, era preciso penetrá-las, deixar-se penetrar por elas, através do sonho, do oráculo, da magia, que permite agir sobre a natureza e sobre as suas forças movendo o seme­lhante com o semelhante. A sapiência é inexpugnável, volátil, foge a todas as medidas. É por isso que naquela época o deus vencedor foi Hermes, inventor de todas as astúcias, deus das encruzilhadas e dos ladrões, mas também artífice da escrita, arte da evasão e da diferença, da navegação, que leva ao fim de todas as fronteiras, em que tudo se confunde no horizonte, das gruas para elevar as pedras do solo, e das armas, que transformam a vida em morte, e das bombas de água, que fazem levitar a matéria pesada, da filosofia que ilude e engana...”

Umberto Eco
O Pêndulo de Foucault


terça-feira

Curta de Corot


Sobre a Servidão Voluntária


"Incrível é ver o povo, uma vez subjugado, cair subitamente em tão profundo esquecimento da sua antiga independência que lhe é impossível levantar-se e recuperá-la; antes começa a servir com tanta prontidão e boa vontade, que se diria, à primeira vista, que não perdeu a liberdade, antes ganhou a servidão. Será porventura verdade que, a princípio, se serve porque se é a isso obrigado, porque a isso se é constrangido pela força; mas os que vêm depois servem sem esforço e fazem por sua livre vontade o que os antepassados haviam feito sobre coacção. Assim é: os homens, nascidos sob o jugo, criados na servidão, contentam-se em viver tal como nasceram... aceitando como naturais as condições nas quais nasceram."

Étienne de La Boétie (1594)

sexta-feira

Basta!


(fotografia retirada da net. Se é autor contacte-me)

"No mais, Musa no mais, que a lyra tenho
destemperada e a voz enrouquecida,
e não do canto, mas de ver que venho
cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se accende o engenho
não no dá a patria, não que está mettida
no gosto dea cubiça e na rudeza
de huã austera apagada e vil tristeza".
(Canto X , estrofe 145)

quarta-feira

So are they all, all honorable men


O Primeiro de Janeiro tem a melhor primeira página da imprensa portuguesa. Faz lembrar os bons tempos d'O Independente. Entretanto e para que ninguém dê conta, José Luís Oliveira, parece que foi absolvido. Mais um. Depois de Judas, Avelino, Felgueiras, Pinto da Costa, Névoa et tutti quanti de honorabile .

terça-feira

O 1º de Janeiro

Continuo a gostar das capas do 1º de Janeiro.

FreePortugal

Tudo no mesmo dia: o relatório das altas e baixas pressões sobre os magistrados do Freeport aparece hoje,12, apesar de já toda a gente o conhecer ontem,11, ( isto é o país em que as coisas antes de o serem já o foram...) ... e a pedido do sr Procurador da República(!) foi mandado instaurar processo disciplinar a Lopes da Mota, representante ( e presidente) do Eurojust.
Lopes da Mota foi nomeado pelos socialistas em 2002 e, ele próprio, foi também suspeito (processo arquivado) de ter dado informações a Fátima Felgueiras que acabaria por fugir para o Brasil, num ainda hoje elogiado acto de grande inteligência e abnegação logo recompensado com um triunfal regresso e correspondente reeleição para a edilidade onde ainda hoje está apesar de condenada...com pena suspensa. Malhas que o império tece...

Em qualquer país civilizado, demitia-se o próprio Lopes da Mota ou era demitido, demitia-se o ministro da justiça ou era demitido e demitia-se o primeiro ministro ou era demitido. De direita ou de esquerda (se esquerda ainda existe ) nenhum governo suportaria tal ónus. Aqui, para que a nudez dos nús não seja descoberta dos belos mantos que nunca vestiu, tudo se faz , tudo se inventa, nada se cria, nada se transforma: agenda-se, por exemplo, um documentário em prime-time sobre a também triste história da pequena Maddie_ exclusivíssima produção caseira! _que fará amanhã capa e agenda de publicações e conversas matinais, à hora da bica, da meia de leite ou do croissant. Desvaloriza-se o caso, assobia-se para o lado,clama-se pela honra, perseguições e campanhas negras que o rebanho branco vai repetindo ao comando do pastor, destruições de carácter, encolhem-se ombros, pedem-se audições parlamentares, ouvem-se declarações para lamentar.
A questão das altas e baixas pressões pode muito bem, por tudo isso, trazer muita chuva e muita ventania para os lados de S.Bento, Belém e estenderem-se a todo o país. Ou não! Pode até acontecer que a chuva seja uma benção...que os campos, bem precisados andam.



domingo

Série Fogo





Quando o governo receia o povo, há liberdade. Quando o povo receia o governo, há tirania.
Thomas Jefferson

sábado

The future is uncertain and the end is near


E logo depois da aflição daqueles dias o Sol escurecerá, e a Lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do filho do Homem (...) Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.


Mateus, 24:29-34

segunda-feira

Abulafias (open source)

Agora que os governos já deram a ganhar biliões aos grandes laboratórios podem retirar esta peça de cena e começar a preparar a próxima.


Portugal ocupa o 9.º lugar na Europa quanto à liberdade de imprensa. (relatório anual da Freedom House)


“Vê a imprensa como um grande teclado no qual o governo pode escrever.” (Joseph Goebbels)

domingo



He is not a true man of the world who knows only the present fashions of it.
Woodrow Wilson (1856—1924)

The Queen and de Soldier



The soldier came knocking upon the queen's door
He said, "I am not fighting for you any more"
The queen knew she'd seen his face someplace before
And slowly she let him inside.

He said,
"I've watched your palace up here on the hill
And I've wondered who's the woman for whom we all kill
But I am leaving tomorrow and you can do what you will
Only first I am asking you why."
Down in the long narrow hall he was led
Into her rooms with her tapestries red
And she never once took the crown from her head
She asked him there to sit down.

He said,
"I see you now, and you are so very young
But I've seen more battles lost than
I have battles won
And I've got this intuition, says it's all for your fun
And now will you tell me why?"
The young queen, she fixed him with an arrogant eye

She said, "You won't understand, and you may as well not try"
But her face was a child's, and he thought she would cry
But she closed herself up like a fan.
And she said, "I've swallowed a secret burning thread
It cuts me inside, and often I've bled"
He laid his hand then on top of her head
And he bowed her down to the ground.
"Tell me how hungry are you?
How weak you must feel
As you are living here alone, and you are never revealed
But I won't march again on your battlefield"
And he took her to the window to see.
And the sun, it was gold, though the sky, it was gray
And she wanted more than she ever could say
But she knew how it frightened her, and she turned away
And would not look at his face again.

And he said, "I want to live as an honest man
To get all I deserve and to give all I can
And to love a young woman who I don't understand
Your highness, your ways are very strange."

But the crown, it had fallen, and she thought she would break
And she stood there, ashamed of the way her heart ached
She took him to the doorstep and she asked him to wait
She would only be a moment inside.
Out in the distance her order was heard
And the soldier was killed, still waiting for her word
And while the queen went on strangeling in the solitude she preferred
The battle continued on


quinta-feira

Admirável Mundo Novo

Podem as instituições democráticas sobreviver à subversão exercida do interior por especialistas hábeis na ciência e na arte de explorar a sugestibilidade dos indivíduos e da multidão? Até que ponto pode ser neutralizada pela educação, para bem do próprio indivíduo ou para bem de uma sociedade democrática, a tendência inata a ser demasiado sugestionável? Até que ponto pode ser controlada pela lei a exploração da sugestibilidade extrema, por parte de homens de negócios e de eclesiásticos, por políticos no e fora do poder?
Aldous Huxley

Post it


A ver se não me esqueço de fotografar a Primavera!

Umbras







quarta-feira

Curta de Monet


terça-feira

Noosfera

«Descemos a um ponto tal que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes» George Orwell

segunda-feira

Mais uma razão para dizer Basta!


"A PSP de Braga apreendeu hoje numa feira de livros de saldo alguns exemplares de um livro sobre pintura. A polícia considerou que o quadro do pintor Gustave Courbet, reproduzido nas capas dos exemplares, era pornográfico, adiantou uma fonte da empresa livreira." (23-02-2009)

Napoleão planeava as suas guerras estudando a história do país que ia invadir e partindo do princípio que esse país se iria defender. Temístocles chegou mesmo a consultar o oráculo muito antes da batalha de Salamina onde destruiu o tal império de que a pitonisa falava. Está por fazer o rol das guerras que se ganharam pela cultura e as que se perderam pela ignorância.

sábado

Teoria do Achismo


Em relação ao caso Freeport, eu acho que não andamos a perspectivar bem as coisas. Eu acho.
Eu acho que o problema não é Sócrates nem é o Freeport. É tudo o que ambos representam.

sexta-feira

Os Tempos Modernos


«Eu, em relação aos sindicatos, é como a primeira camisa que vesti: não me interessa nada», frisou José Lello, em declarações à Agência Lusa.

quarta-feira

terça-feira

Curta de Magritte


O império das luzes II